quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Jóias e Bijutarias? Quais as diferenças?

Tanto as jóias como as bijutarias têm sua vocação definida: Adornar, enfeitar, embelezar, personalizar!

Porém, a própria história mostra que quando a bijutaria teve maior destaque e importância, não estava a imitar a jóia.

A década de 60 trouxe todo tipo de revolução (como já referido na história da bijutaria), entre elas, o que aqui nos interessa o renascimento do design e, acima de tudo, o culto à juventude. Os adolescentes queriam ser adultos mais depressa, ter voz activa e exigiram uma cultura própria, que não copiasse a dos mais velhos.

Conquistaram esse direito em 1960 e criaram um estilo diferente e rebelde que se revelou contra toda a sofisticação obediente: penteados comportados, cheios de laquê, coques-banana e colméias cheias de enchimento, meias-calças, soutiens com bojo pontudos, arrematados com colar de pérolas.

Esta revolta precisou de sinais externos para indicar a ruptura dos padrões até então vigentes. E houve uma volumosa demanda de roupas novas, jovens e excitantes, além de acessórios que absorvessem e reflectissem as muitas influências e acontecimentos como as profundas mudanças sociais e morais.

Paco Rabanne criou o novo visual: roupas de correntes de metal, jóias de plástico luminoso que se tornou objecto de desejo e vendeu para os grandes estilistas como Balanciaga, Dior e Givenchy.

Em meados de 1960 era o começo da onda Hippie; os Beatles foram à Índia buscar riqueza espiritual e a moda invocou essa busca nas roupas e acessórios: brincos de metal dourado, colares com pequenos sinos,
ricamente trabalhados e coloridos. Medalhões luminosos, enormes, redondos, dourados coberto com esmaltes ou resina.

Nesta época, as jóias genuínas, em função da alta de preço do ouro, ficaram bem menores. Correntes fininhas eram usadas várias ao mesmo tempo, no pulso ou no pescoço com pequenos berloques ou um único diamante.

Concluindo, a bijutaria tem a mesma finalidade da jóia, mas, com outro carácter. A jóia carrega a responsabilidade do valor intrínseco dos materiais. Aliada ao trabalho artístico, não a torna sazonal como a bijutaria.

A bijutaria, por sua vez, pode tudo. Pode acompanhar modas, fazer moda, criar estilo, definir comportamento sem a responsabilidade do “permanente” que o valor intrínseco impõe, dar personalidade pessoal, e muitas outras coisas. Estas diferenças são aliadas do industrial. Define categorias, públicos e preços. Apresenta dinamismo e o design pode refletir sofisticação e personalidade.

Por isso não deixe de ver as nossas peças e pedir as suas próprias reflectindo a sua própria personalidade!

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